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Pragas-Chave
Broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae): É considerada a principal praga da cultura com capacidade de causar perdas de mais de 60% da produção, caso não seja manejada.
Distribuição: Ilhas do sul do Pacífico, Japão, Taiwan, Estados Unidos, Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil.
Ciclo de vida: O inseto em questão é um besouro com 3 a 5 mm de comprimento e 1,6 mm de largura, apresentando coloração castanho claro a marrom escuro. Os adultos possuem asas soldadas, impossibilitando o voo e tornando sua dispersão mais lenta no campo. As fêmeas depositam ovos branco-leitosos nas raízes superficiais da batata-doce e nas ramas. As larvas, de formato cilíndrico e coloração branco-leitosa, passam por cinco trocas de pele em um período de aproximadamente 21 dias, alcançando cerca de 5 mm. Após essa fase, a larva entra na pré-pupa, construindo uma câmara em uma extremidade da galeria, transformando-se em pupa do tipo exarada, com apêndices livres. As pupas dão origem a novos adultos, completando o ciclo de vida. O ciclo total, desde o ovo até o adulto, dura de 20 a 30 dias, enquanto a longevidade dos adultos pode variar de 30 a 288 dias no campo.
Danos: Os danos causados pela praga resultam principalmente do processo alimentar de adultos e larvas nas ramas e raízes tuberosas da batata-doce. As raízes atacadas exibem escoriações superficiais e perfurações que formam galerias, capazes de penetrar profundamente nos tecidos da raiz. Essas galerias são preenchidas com fezes e resíduos fibrosos à medida que as larvas se alimentam e se desenvolvem. Esse ambiente propício favorece o desenvolvimento de fungos saprófitos, causando decomposição e a liberação de voláteis terpenóides de odor desagradável. Isso torna o produto completamente inadequado para o consumo humano e até mesmo para o consumo animal.
Broca-das-ramas ou Broca-do-colo (Megastes pusialis e Megastes grandalis Lepidoptera, Crambidae): Duas espécies de brocas-das-ramas, Megastes pusialis Snellen e M. grandalis Guenee, estão associadas à batata-doce. Estas mariposas têm estruturas parecidas, causam os mesmos tipos de danos e ocorrem praticamente nas mesmas regiões, dificultando o estabelecimento preciso do impacto individual de cada espécie para a cultura. Estas brocas podem causar uma perda estimada de 30% a 50% na produção.
Distribuição: M. pusialis: Guiana, Trinidad & Tobago e Brasil. M. grandalis: Costa Rica, Panamá, Trinidad & Tobago, Venezuela, Guiana, Suriname, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil.
Ciclo de vida: Os adultos desta praga são mariposas com uma envergadura de 40 a 45 mm, apresentando uma coloração pardo-escura, com margens mais escuras na asa anterior e três linhas sinuosas transversais. Conhecidas como "broca-do-coleto", as fêmeas depositam ovos, individualmente ou em fileiras, no caule e nas hastes da planta, especialmente próxima à base. As lagartas têm cabeça distinta do corpo, três pares de pernas torácicas e cinco pares de falsas pernas abdominais. Elas são rosadas, com pontuações escuras ao longo do corpo. A fase de pupa ocorre dentro das hastes ou nas proximidades do orifício de saída. O ciclo, desde o ovo até o adulto, tem uma duração média de 57 dias.
Danos: As lagartas recém-eclodidas penetram nos tecidos vegetais do caule, geralmente na região do coleto e das hastes, causando danos nos vasos condutores da planta, que levam ao retardo do crescimento, queda das folhas e redução da produção. A região atacada fica intumescida, com rachaduras e um orifício de saída, contendo excrementos de cor amarelada. As ramas atacadas podem murchar completamente e secar, soltando-se facilmente da planta. Eventualmente, atacam ainda as raízes tuberosas da batata-doce, abrindo galerias à medida que se alimentam dos tecidos do órgão.
Complexo de Besouros Crisomelídeos
Os besouros da família Chrysomelidae se alimentam essencialmente de material vegetal, como folhagens, tanto adultos como também em fase de larva, causando grande impacto econômico e ecológico. Os crisomelídeos estão agrupados em 12 subfamílias, das quais três, Cassidinae, Eumolpinae, Galerucinae possuem espécies associadas à batata-doce.
Estes besouros apresentam ciclo de vida e comportamento similares e causam os mesmos tipos de danos à cultura, o que dificulta a identificação do impacto isolado de cada uma das espécies.
Danos: Os adultos se alimentam das folhas, deixando-as perfuradas, algumas vezes com aspecto parecidos com um renda, porém, sem afetar a produção da cultura. A importância econômica deste grupo se deve à fase imatura, cujas larvas fazem pequenos furos na pele da raiz para se alimentarem dos tecidos, cavando galerias que se irradiam por toda a superfície do órgão, reduzindo seu valor comercial. Porém, vale destacar que, ao contrário de E. postfasciatus, os danos dos crisomelídeos tendem a ser mais superficiais e muitas vezes, não inviabilizam o consumo da raiz, bastando para isso, retirar a parte atacada.
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Pragas Secundárias
São aquelas que ocorrem esporadicamente na cultura ou, estão sempre presentes, mas suas populações permanecem em baixo nível populacional, sem causarem impacto na produção. Geralmente são mantidas em nível de equilíbrio pela ação dos inimigos naturais. Com base nos registros da literatura existem, pelo menos, 20 espécies de artrópodes associadas à batata-doce. No entanto, alguns destes relatos são procedentes de levantamentos feitos com uso de armadilhas, o que dificulta o estabelecimento preciso da associação da praga ao hospedeiro. Já outras espécies, e.g., Astylus variegatus (Germ.), foram obtidas em números muito reduzidos na cultura, sendo consideradas pragas acidentais para batata-doce. Assim, somente com a continuidade dos estudos é que será possível definir o verdadeiro status de vários destes artrópodes para a cultura.
Encontrado na página: Pragas
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Pragas Quarentenárias
É todo organismo de natureza animal e/ou vegetal presente em outros países ou regiões e que constitui ameaça à economia agrícola do país importador. Podem ser agrupadas em duas categorias: (A1) pragas exóticas não presentes no país e (A2), já introduzidas no país, porém com distribuição restrita a uma localidade ou região e mantida sob controle rigoroso, por meio de barreiras e programas oficiais de contenção.
Encontrado na página: Pragas
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Cura
A cura pós-colheita é uma prática essencial na agricultura para garantir a qualidade e a longevidade dos produtos, além de preservar suas propriedades orgânicas. As raízes depois de colhidas podem ter seu período de armazenamento, transporte e vida de prateleira, aumentados, se corretamente acondicionadas para passar pelo processo de cura. Este processo permite que a película externa desidrate-se, que os ferimentos da casca cicatrizem, e parte do amido possa ser transformado em açúcares, melhorando o sabor. O controle adequado de temperatura, umidade, ventilação e prevenção de condensação são fatores críticos para o sucesso desse processo.
No cenário atual do mercado, a cura não tem sido amplamente adotada. Em parte pela falta de incentivos financeiros para a instalação das estruturas específicas para essa finalidade, legislação adequada e remuneração diferenciada para o produtor adotante da prática. Outro aspecto relacionado à cura é a não diferenciação de cultivares no país, as raízes são diferenciadas no varejo apenas pela coloração de sua película e polpa, sem passarem por classificação quanto à qualidade, aptidão de uso e processo de cura.
1 - Temperatura e Umidade na Cura:
A cura inicia imediatamente após a colheita, preferencialmente a uma temperatura de 29 ± 1 ºC e umidade relativa de 90%. Essas condições são ideais para promover a cicatrização adequada das lesões nas raízes.2 - Ajuste Gradual da Temperatura:
É crucial realizar ajustes graduais na temperatura do galpão de cura. Mudanças abruptas podem causar danos fisiológicos às raízes.3 - Ventilação Durante a Cura:
Durante o processo de cura, é necessário fornecer ventilação no galpão. A remoção do dióxido de carbono (CO2) e a reposição de oxigênio (O2) são fundamentais para garantir um ambiente adequado.4 - Prevenção da Condensação:
Se houver excesso de condensação, deve-se tomar medidas para removê-la. O acúmulo excessivo de água pode ser prejudicial durante o processo de cura.5 - Cicatrização e Suberização:
A cura das raízes envolve a cicatrização de lesões, com a formação de uma camada de suberina. A suberina, um polímero lipídico-fenólico, é depositada em camadas celulares abaixo da superfície da lesão. Esse processo é eficiente na redução da perda de umidade e na proteção contra doenças durante o armazenamento.6 - Benefícios Adicionais da Cura:
Além da preservação da qualidade, a cura facilita a síntese de enzimas que influenciam o desenvolvimento do aroma e sabor durante o cozimento.Encontrado na página: Pós-colheita
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Temperatura e Umidade Relativa
Após a cura, as batatas-doces devem ser armazenadas a 14 ºC ± 1 ºC e 90% de umidade para evitar perda excessiva de umidade. Se não houver câmara fria, use galpões ventilados, caixas com passagem de ar entre as raízes e recipientes com água para manter a umidade e prevenir ressecamento. Evite temperaturas abaixo de 12 ºC, pois podem causar danos como depressões na superfície, escurecimento interno, formação anormal da periderme, deterioração por fungos, colapso da polpa (coração duro) e aumento da respiração. Injúrias dependem da intensidade e duração do frio. Resfriamento intenso pode levar à decomposição. A presença de látex indica uma raiz saudável. Armazenar acima da faixa ideal favorece brotamento e perda de massa. Injúrias por congelamento ocorrem abaixo de -1,9 ºC.
Encontrado na página: Pós-colheita
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Consumo
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE no biênio 2017-2018, teve por objetivo mensurar as estruturas de consumo, dos gastos e dos rendimentos das famílias e possibilita traçar um perfil das condições de vida da população brasileira a partir da análise de seus orçamentos domésticos. Trata-se de uma condição que sofreu mudanças significativas nos últimos anos, porém se trata de informações oficiais que permitem conhecer os diferentes perfis dos consumidores de batata-doce.
A pesquisa mostra que em comparação aos dados do biênio 2007-2008, o consumo de batata-doce aumentou nos 10 anos de intervalo. Por exemplo a região Norte, que no estudo anterio apontou zero no consumo, agora mostra 1%. O consumo médio por pessoa tambem apresentou um bom salto em domicílios urbanos e rurais, com relação a gênero (homem e mulher) e faixa etária, principalmente entre adolescentes.
Encontrado na página: Consumo
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Encontrado na página: Doenças e pragas
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Pesquisa 08/11
Embrapa inicia pesquisa inédita no Brasil sobre cura da batata-doce
A Embrapa Hortaliças (Brasília/DF) iniciou em outubro as pesquisas para adequar os processos de cura da batata-doce em condições tropicais, tanto em sistemas de cultivo convencional como orgânico. A cura é um processamento pós-colheita que faz a cicatrização das lesões das raízes, o que contribui para o ...
Encontrado na página: Notícia
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Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
Capacitar produtores rurais, profissionais da área, estudantes e demais interessados para identificar os principais aspectos da cadeia produtiva e o seu atual cenário da produção.
Organizadora: Embrapa Hortaliças
Duração:
Carga horária: 16 horas
Encontrado na página: Cursos
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- Broca-das-raízes (Conoderus sp.)
- Lagarta-da-batata-doce (Bonagota cranaodes)
- Mosca-branca (Bemisia tabaci)
- Vaquinha (Diabrotica speciosa)
- Percevejos
- Nematoides (Meloidogyne spp.)
- Broca-do-caule (Euzophera osseatella)
- Besouro-da-batata-doce (Cylas formicarius)
- Cigarrinhas (Empoasca sp.)
Encontrado na página: Informações resumidas
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- Murcha-de-fusarium (Fusarium wilt)
- Podridão-negra (Black Rot)
- Podridão-de-armazenamento (Storage Rot)
- Mofo-branco (White Mold)
- Murcha-de-esclerócio (Southern Blight)
- Vírus da batata-doce (Sweet Potato Virus)
- Nematoides
- Podridão-de-raiz (Root Rot)
Encontrado na página: Informações resumidas
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Caracterização dos Polos de Produção e de Produtores de Batata-Doce no Brasil
Caracterização dos Polos de Produção e de Produtores de Batata-Doce no Brasil
O presente trabalho estuda a caracterização dos das principais regiões polos de produção e de produtores de batata-doce do Brasil e tem por objetivo subsidiar o planejamento de projetos de pesquisas agronômicas e elaboração de políticas públicas para o setor de hortaliças.
Publicado: 26/02/2024
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Estudo Prospectivo sobre Produção de Batata-Doce no Brasil, Desafios e Demandas.
Estudo Prospectivo sobre Produção de Batata-Doce no Brasil, Desafios e Demandas.
O presente estudo faz parte das atividades deste projeto de pesquisa, visando compreender melhor os perfis dos produtores e das formas de produzir batata-doce em regiões tradicionalmente produtoras e também em outras regiões com produção da raiz. Além disso, ele também se propõe a elucidar melhor os fatores que podem influenciar as diferenças de produtividades entre as regiões, bem como a baixa produtividade média brasileira, de forma que auxilie a identificar dificuldades, oportunidades e demandas que podem direcionar o programa de melhoramento genético, pesquisas futuras ou ações de assistência técnica nas diferentes regiões brasileiras para melhorar esse índice.
Publicado: 26/02/2024
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BRS Cotinga
Batata-doce de polpa roxa BRS Cotinga. Lançamento da cultivar pela Embrapa Hortaliças - 2021
Encontrado na página: Vídeos
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Prosa Rural - Potencial dos Insumos Biológicos para uma Agricultura Mais Sustentável
Os bioinsumos são produzidos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e são utilizados nos sistemas de cultivo agrícola e tem a função de ajudar a controlar pragas e doenças e aumentar a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Você vai conhecer também o BioFabLab, laboratório construído na sede da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás. O BioFabLab pretende aumentar a velocidade da chegada de novos insumos biológicos até o agricultor, promovendo uma agricultura mais sustentável. Participam do programa a pesquisadora Marta Cristina de Fillipi e o analista Marcio Vinicius Cortes.
Encontrado na página: Áudios
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Webinar - Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
Encontrado na página: Vídeos
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Cuidados na Colheita
A colheita pode ser realizada manualmente, de forma semi-mecânica ou mecanizada. É muito importante ter cuidado neste processo para evitar danos às raízes.
Danos Mecânicos:
Deve-se colher de maneira cuidadosa para evitar danos mecânicos às raízes. O acondicionamento em caixas não deve ser excessivo ou áspero.
Proteção das Raízes Pós-Colheita:
A pele fina das raízes torna-as suscetíveis a abrasões e lesões que afetam a qualidade pós-colheita. Após a colheita, as raízes devem ser protegidas do sol para evitar escaldaduras (queima pelo sol).
Exposição ao Sol:
Expor as raízes à luz solar pode aumentar a temperatura em 4 ºC a 6 ºC em relação à temperatura do ar, reduzindo a durabilidade. Caixas devem ser colocadas rapidamente à sombra para evitar danos.
Manuseio e Transporte:
Minimizar o manuseio e reduzir as lesões é essencial. Os recipientes utilizados na colheita podem ser os mesmos para a cura e o armazenamento.
Lavagem e Transporte:
O transporte das raízes para o lavador deve ser feito no fim do dia ou no início da manhã, evitando a exposição ao sol.
Recipientes Adequados:
Caixas plásticas são preferíveis, causam menos danos e são de fácil limpeza e sanitização.
Unidade Móvel de Sombreamento:
Construção de uma Unidade Móvel de Sombreamento, estrutura metálica coberta por lona plástica, para proteger as raízes expostas ao sol.
Horários Estratégicos:
Colher no fim do dia ou no início da manhã, quando não há exposição solar intensa. -
Aproveitamento de Resíduos no Preparo de Bioinsumos
Este curso tem como objetivo promover a capacitação dos participantes nos métodos e técnicas de aproveitamento de resíduos sólidos, oriundos da atividade agropecuária, para o preparo de bioinsumos.
Organizadora: Embrapa Semiárido
Duração:
Carga horária: 24 horas
Encontrado na página: Cursos
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Sistema de Produção da Batata-Doce
Sistema de Produção da Batata-Doce
A batata-doce é uma hortaliça cultivada em todo o território brasileiro e vem apresentando um crescimento contínuo de produção e área plantada. Essa demanda crescente por essa hortaliça no mercado nacional e internacional é motivada pelas suas propriedades nutricionais e nutracêuticas promotoras da saúde.
Publicado: 28/03/2024
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Adubação
O processo de adubação permite construir ou repor a fertilidade do solo, com o objetivo de garantir os nutrientes necessários para o desenvolvimento sadio da cultura. Para que o procedimento seja eficaz, é necessário estimar a quantidade de nutrientes a serem adicionados ao solo, de forma que atenda a real necessidade da produção. A estimativa é feita com base em resultados de análises químicas, textura do solo e potencial de produção. Além disso deve-se considerar o histórico da área, pois adubações anteriores podem atingir níveis tóxicos, em especial os micronutrientes.
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Adubação Mineral
A batata-doce é forte para suportar condições desafiadoras e responde bem à adubação mineral em solos com baixa fertilidade. Em solos férteis, a aplicação de fertilizantes não resulta em aumentos significativos de produtividade. O nitrogênio é crucial, mas doses elevadas podem reduzir a produção de raízes.
A resposta varia com a matéria orgânica do solo e em solos arenosos, ocorre até 50-80 kg/ha após leguminosas ou gramíneas. Recomenda-se dividir a aplicação do nitrogênio, metade na semeadura e metade após 45 dias. Monitorar o desenvolvimento da cultura é essencial, e as doses sugeridas de N são entre 50 e 60 kg/ha para a batata-doce.
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Adubação Orgânica
A adubação orgânica é fundamental no cultivo da batata-doce, pois fornece nutrientes, melhorando a qualidade do solo. Resíduos orgânicos como esterco bovino, de aves e torta de mamona são comuns. É recomendada a compostagem desses resíduos para evitar problemas com plantas daninhas e agentes causadores de doenças.
A compostagem envolve a formação de pilhas, que devem ser mantidas úmidas e misturadas a cada dois ou três dias, após cerca de 30 dias será obtido esterco curtido. Em solos arenosos, que possuem baixa matéria orgânica, doses de 10 a 30 t/ha de esterco bovino curtido são mais adequadas. Para esterco de aves, a dose recomendada é de 2,5 t/ha.
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Matéria Orgânica do Solo
A Matéria Orgânica do Solo (MOS) é a fração orgânica resultante de resíduos vegetais, animais e microorganismos no solo. Os solos brasileiros são naturalmente pobres em MOS, sendo crucial adicioná-la para melhorar as condições do solo. A MOS é fundamental devido ao seu impacto na capacidade de retenção e liberação de nutrientes pelo solo, complexação de poluentes, retenção de umidade, estruturação do solo e suporte à biodiversidade.
A adição de MOS, proveniente de fontes como esterco animal ou compostos orgânicos, contribui para o controle de pragas e doenças, melhorando as condições de cultivo e nutrição. Recomenda-se aplicar 3 t/ha de cama de frango, 5 t/ha de composto orgânico ou 20 t/ha de esterco bovino. -
Segurança Alimentar
A batata-doce é uma fonte vital de nutrição, rica em vitaminas, minerais e fibras. Ela desempenha um papel fundamental na segurança alimentar de regiões onde as condições de cultivo são favoráveis, sendo uma opção importante para dietas equilibradas.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Geração de Renda
A produção de batata-doce é uma fonte de subsistência para muitos agricultores em todo o mundo, fornecendo uma fonte de renda estável para as famílias rurais. O comércio e a venda de produtos relacionados à batata-doce, como batata-doce processada, também representam uma parte significativa da economia em muitas regiões.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Solo 2
Os solos arenosos são os mais indicados para o plantio da batata-doce, este tipo de solo permite uma drenagem mais eficiente, apresenta melhores respostas à adubação, facilita o desenvolvimento lateral das raízes, a produção mais uniforme e, principalmente, permite a colheita com menor índice de danos.
Em áreas de solos mais argilosos, algo comum para as diferentes regiões brasileiras submetidas a cultivos intensivos e uso de maquinários, é importante realizar a avaliação de presença de camadas compactadas, utilizando medidores de resistência à penetração ou abrindo uma trincheira para avaliação do perfil do solo.
Confirmada a compactação, esta camada deve ser quebrada para devolver ao solo sua capacidade de drenagem. É recomendado o plantio em áreas mais planas, pois facilita as operações mecanizadas, em especial a colheita. Em relevo mais acidentado, o cultivo deve ser feito em nível para evitar a erosão.Encontrado na página: Solo
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Estresses Abióticos
A batata-doce, apesar de ser uma raiz de origem tropical com alta capacidade de adaptação, pode ter sua produtividade reduzida por elementos não vivos do ambiente, especialmente se ocorrem no início da formação das raízes tuberosas até seu crescimento total. Temperatura, disponibilidade de água e luminosidade são os fatores que mais interferem na produtividade e qualidade da raíz.
Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Água
A demanda hídrica da batata- doce é 500 mm para um ciclo de 110 a 140 dias. Para colheitas satisfatórias a demanda semanal por água na fase inicial (até aproximadamente 30 dias após o plantio) e final (de 90 a 120 dias após o plantio) é de 20 mm. Por outro lado, do período que vai dos 30 aos 90 dias a demanda de água é de 40 mm por semana, sendo o período crítico dos 40 aos 55 dias após o transplantio.
Alagamento: É muito importante evitar o excesso de água e possível encharcamento do solo. A quantidade excessiva de água reduz a formação das raízes tuberosas, afetando a quantidade, tamanho e diâmetro do produto, bem como sua capacidade de tolerar estresse.Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Radiação
Lavouras de batata-doce com alta produtividade demandam níveis elevados de radiação solar para favorecer o crescimento e a formação das raízes tuberosas. Em sistemas de cultivo sem irrigação durante o período chuvoso, a disponibilidade de radiação pode ser afetada por períodos nublados ou chuvosos. Quando a batata-doce é cultivada em associação com culturas mais altas, como o milho, o sombreamento resultante pode levar à redução na radiação. Nesses casos, há uma diminuição na produção total de matéria seca, especialmente das raízes tuberosas.
A planta pode tolerar um sombreamento moderado de até 25% sem grandes impactos na produtividade, mas sombreamentos superiores a 40% resultam em redução da produção total e da biomassa das raízes tuberosas, além de atrasar o início da formação dessas raízes.Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Benefícios
Benefícios de adquirir mudas de cultivares registradas:
- Variedades mais precoces e adaptadas podem aumentar a produção e qualidade das raízes.
- Redução da sazonalidade e impacto nos preços de mercado.
- Acessibilidade da batata-doce para a população de baixa renda.
- Lançamentos no Registro Nacional de Cultivares, resultantes de iniciativas regionais e seleções.
Encontrado na página: Produção e obtenção de mudas
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Diferenciação
Diferenciação entre Cultivares:
- Produtividade potencial.
- Ciclo de crescimento.
- Exigências edafoclimáticas.
- Porte e arquitetura da planta.
- Formato e coloração das raízes.
- Resistência a pragas e doenças.
- Exigência nutricional e em tratos culturais.
- Variabilidade na coloração da polpa, película externa, formato da raiz, formato e cor das folhas, entre outras características.
Encontrado na página: Produção e obtenção de mudas
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Adubação Mineral
A batata-doce é forte para suportar condições desafiadoras e responde bem à adubação mineral em solos com baixa fertilidade. Em solos férteis, a aplicação de fertilizantes não resulta em aumentos significativos de produtividade. O nitrogênio é crucial, mas doses elevadas podem reduzir a produção de raízes. A resposta varia com a matéria orgânica do solo e em solos arenosos, ocorre até 50-80 kg/ha após leguminosas ou gramíneas. Recomenda-se dividir a aplicação do nitrogênio, metade na semeadura e metade após 45 dias. Monitorar o desenvolvimento da cultura é essencial, e as doses sugeridas de N são entre 50 e 60 kg/ha para a batata-doce.
Encontrado na página: Correção e adubação
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Texto
Os nutrientes podem ser divididos em macronutrientes e micronutrientes. A divisão é de acordo com a concentração necessária de cada para a boa manutenção do solo. Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) precisam de maior concentração e são considerados macronutrientes primários.
Encontrado na página: Nutrição
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Texto 2
A absorção de nutrientes em hortaliças segue um padrão de crescimento ou acúmulo de matéria seca (raiz fibrosa, raiz tuberosa, ramas e folhas) em três fases: inicialmente, a absorção é lenta, seguida por uma fase intensa até atingir o pico, seguida por um pequeno declínio. Na batata-doce, as raízes tuberosas se tornam o principal dreno da planta após os 85 dias do transplantio.
Os nutrientes, especialmente Nitrogênio, Potássio e Cálcio, acompanham o acúmulo de matéria seca. Micronutrientes como Magnésio, Boro e Zinco também são absorvidos em quantidades significativas. A literatura relata variações na quantidade de nutrientes absorvidos pela batata-doce devido a fatores como ambiente de produção, cultivares e tipo de solo.Encontrado na página: Nutrição
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Espaçamento
O espaçamento de plantio para batata-doce varia de 80 cm a 130 cm entre leiras, com ramas espaçadas de 15 cm a 60 cm (ou 3 plantas por metro conforme imagem). Esse espaçamento está relacionado ao diâmetro das ramas, distância entre os nós e ao hábito de crescimento da cultivar. Em solos equilibrados e períodos chuvosos, um plantio mais denso pode ser recomendado para obter maior produtividade, mas é necessário ajustar para evitar o crescimento excessivo das ramas em detrimento das raízes de armazenamento.
Por outro lado, espaçamentos mais amplos reduzem a competição por espaço, resultando em raízes grandes, chamadas de "cocão" ou "batatão", adequadas para processamento ou uso em cozinhas industriais. Em plantios de sequeiro com cultivares de crescimento moderado, espaçamentos maiores garantem o estabelecimento adequado das plantas e boas produtividades devido à menor competição.
Encontrado na página: Plantio
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Podridão Mole ou Podridão Bacteriana
A podridão mole em plantas carnosas, como batata-doce, cenoura, cebola e mandioquinha salsa, é causada por bactérias pectolíticas dos gêneros Pectobacterium e Dickeya, notáveis por produzirem danos significativos. Na batata-doce, a doença é considerada secundária e esporádica no Brasil, principalmente associada à espécie Dickeya dadantii, anteriormente conhecida como Erwinia chrysanthemi. Os sintomas incluem lesões encharcadas na rama próxima ao solo e podridão mole marrom, resultante de ferimentos na raiz durante o cultivo e a colheita.
Controle: É predominantemente preventivo, envolvendo a prevenção de ferimentos nas ramas e raízes, o cultivo em solos bem drenados, a moderação na irrigação, o uso de ramas de plantas saudáveis, a gestão equilibrada de nitrogênio e o armazenamento das raízes em ambientes ventilados. -
Broca-da-Raiz
A broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) é considerada a principal praga da cultura com capacidade de causar perdas de mais de 60% da produção, caso não seja manejada.
Distribuição: Ilhas do sul do Pacífico, Japão, Taiwan, Estados Unidos, Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil.
Ciclo de vida: O inseto em questão é um besouro com 3 a 5 mm de comprimento e 1,6 mm de largura, apresentando coloração castanho claro a marrom escuro. Os adultos possuem asas soldadas, impossibilitando o voo e tornando sua dispersão mais lenta no campo. As fêmeas depositam ovos branco-leitosos nas raízes superficiais da batata-doce e nas ramas. As larvas, de formato cilíndrico e coloração branco-leitosa, passam por cinco trocas de pele em um período de aproximadamente 21 dias, alcançando cerca de 5 mm. Após essa fase, a larva entra na pré-pupa, construindo uma câmara em uma extremidade da galeria, transformando-se em pupa do tipo exarada, com apêndices livres. As pupas dão origem a novos adultos, completando o ciclo de vida. O ciclo total, desde o ovo até o adulto, dura de 20 a 30 dias, enquanto a longevidade dos adultos pode variar de 30 a 288 dias no campo.Danos: Os danos causados pela praga resultam principalmente do processo alimentar de adultos e larvas nas ramas e raízes tuberosas da batata-doce. As raízes atacadas exibem escoriações superficiais e perfurações que formam galerias, capazes de penetrar profundamente nos tecidos da raiz. Essas galerias são preenchidas com fezes e resíduos fibrosos à medida que as larvas se alimentam e se desenvolvem. Este ambiente é favorável ao crescimento de fungos que causam decomposição e liberam odores desagradáveis, tornando o produto inadequado para consumo humano e animal.
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Lagartas
O adulto das Lagartas de Polygrammodes elevata é uma mariposa de cor amarelada com pequenas manchas avermelhadas, envergadura de asas (17-27 mm). Pertence à família Crambidae e está associada às plantas do gênero Ipomoea, com registro de ocorrência mais frequente em I. batatas (batata-doce).
Distribuição: Estados Unidos (região Sul), Antilhas, Caribe e América do Sul, incluindo o Brasil.
Ciclo de vida: A fêmea oviposita cerca de 190 ovos durante a sua vida, os quais são depositados nas hastes da planta, próximas ao solo. A longevidade média dos adultos é cerca de 4 dias. A duração da fase larval varia de 5 a 10 semanas, dependendo das condições nutricionais da planta hospedeira. A lagarta passa por 4 ínstares, com a fase de pupa no solo, a qual dura de 10-15 dias, com posterior emergência dos adultos.
Danos: As lagartas recém-eclodidas penetram nos tecidos vegetais e começam a se alimentar, fazendo galerias internas (túneis) nas hastes, podendo migrar das hastes para as raízes.
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Gorgulho da Batata-Doce
Gorgulho da Batata-Doce
O gorgulho da batata-doce Cylas formicarius elegantulus (Summers) é considerada a praga mais importante da batata-doce em nível mundial. É cosmopolita, com presença em quase todos os países da Ásia, Oceania, África, região sul da América do Norte, América Central e Caribe. A Europa é tida como área livre da praga, assim como os países do Oriente Médio. Na América do Sul, existem registros de sua ocorrência apenas na Guiana e Venezuela. No Brasil, até o momento, esta espécie ainda não foi registrada e dessa forma, é considerada como praga quarentenária A1.
Danos: Ataca todas as partes da planta no campo e também na fase de armazenamento. Nas raízes, as larvas penetram na epiderme e escavam os tecidos ao longo de toda a extensão da raiz, tornando-a imprestável para a comercialização.
Publicado: 16/04/2024
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Lavagem
No Brasil, as batatas-doces são lavadas após a colheita, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Porém, o procedimento apresenta desafios associados a danos mecânicos e redução da capacidade de conservação das raízes. As etapas da lavagem são:
1 - Esteira de Lavagem e Classificação:
A linha de lavagem e classificação é acionada com velocidade regulável, dependendo da quantidade de raízes no tanque.
As raízes são transportadas por uma esteira de borracha, onde são pré-lavadas, e depois direcionadas para uma esteira de escovas através de uma esteira de transporte (canos de PVC).
2 - Minimização de Danos Mecânicos:
O número de escovas é mantido o mais reduzido possível para diminuir abrasões e quebras das raízes. A rotação das escovas é ajustada para minimizar os danos mecânicos, que podem prejudicar a aparência e tornar as raízes mais suscetíveis a doenças.
3 - Classificação das Raízes:
Após a lavagem ao longo da esteira de escovas, as raízes são classificadas. Raízes pequenas são descartadas para alimentação animal, enquanto raízes grandes e deformadas são destinadas ao uso industrial.
4 - Embalar e Transportar:
As raízes que atendem aos padrões para o mercado nacional e internacional são embaladas e transportadas para comercialização.Encontrado na página: Pós-colheita