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Complexo de Besouros Crisomelídeos
Os besouros da família Chrysomelidae se alimentam essencialmente de material vegetal, como folhagens, tanto adultos como também em fase de larva, causando grande impacto econômico e ecológico. Os crisomelídeos estão agrupados em 12 subfamílias, das quais três, Cassidinae, Eumolpinae, Galerucinae possuem espécies associadas à batata-doce. Estes besouros apresentam ciclo de vida e comportamento similares e causam os mesmos tipos de danos à cultura, o que dificulta a identificação do impacto isolado de cada uma das espécies.
Danos: Os adultos se alimentam das folhas, deixando-as perfuradas, algumas vezes com aspecto rendilhado, porém, sem afetar a produção da cultura. A importância econômica deste grupo se deve à fase imatura, cujas larvas fazem pequenos furos na pele da raiz para se alimentarem dos tecidos, cavando galerias que se irradiam por toda a superfície do órgão, reduzindo seu valor comercial. Porém, vale destacar que, ao contrário de E. postfasciatus, os danos dos crisomelídeos tendem a ser mais superficiais e muitas vezes, não inviabilizam o consumo da raiz, bastando para isso, retirar a parte atacada.
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Manejo Integrado de Pragas
1. Material de Propagação de Qualidade: Utilizar mudas de viveiros credenciados, cultivados em ambientes protegidos, livre de pragas, vírus e demais patógenos.
2. Escolha da Área: Plantar de preferência em solos arenosos, corrigidos e com bom nível de fertilidade. Dar preferência para áreas que não tenham sido cultivadas com batata-doce nos dois anos anteriores e sem histórico de ocorrência de pragas e doenças.
3. Isolamento da Cultura: Buscar áreas mais afastadas de locais de cultivo de batata-doce ou usar barreiras vivas, por meio de plantas que evitem o trânsito de pragas entre as lavouras.
4. Preparo do Solo: Revolver o solo para promover a exposição de insetos presentes na área ao sol e à ação de predadores, como pássaros.
5. Adubação: Adubar, com base na análise do solo e nas exigências da planta, evitando a carência e o excesso de nutrientes.
6. Correção da acidez: Realizar a calagem do solo, para corrigir o pH e auxiliar na neutralização do alumínio tóxico, prática necessária ao bom desenvolvimento das raízes das plantas e aproveitamento de nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, entre outros.
7. Irrigação: Irrigar com base em sensores de umidade do solo (Ex: Irrigas®) e nas necessidades da planta, a fim de permitir o crescimento vegetativo adequado.
8. Capinas: Manter a área livre de plantas daninhas, para evitar competição por nutrientes e eliminar focos de viroses e outras pragas para a cultura.
9. Restabelecimento das Leiras: Reformar as leiras para evitar as rachaduras do solo, que se formam em função do crescimento lateral das raízes tuberosas e com isso, evitar o acesso das pragas de solo às raízes.
10. Cultivares Precoces ou Antecipação da Colheita: Utilizar cultivares precoces ou antecipar a colheita quando possível, a fim de quebrar o ciclo das pragas, por meio da retirada do alimento e também para evitar o possível agravamento dos danos nas raízes no campo.
11. Destruição de Soqueira: Destruir os restos de caules e pedaços de raiz para evitar o aparecimento de plantas voluntárias que se constituem como fontes de inóculos e de manutenção da população de pragas.
12. Rotação de Culturas: Fazer a rotação de culturas, de preferência com aquelas que não possuam pragas e doenças em comum (ex. milho, sorgo), a fim de quebrar o ciclo das pragas.
13. Utilização de Agrotóxicos: Não é recomendado usar produtos químicos para controlar pragas-chave da cultura, como a broca-da-raiz e as larvas dos crisomelídeos, devido aos seus hábitos subterrâneos. Além disso, insetos que se desenvolvem dentro das estruturas vegetativas das plantas, como as lagartas da broca-das-ramas, não têm contato direto com os produtos químicos, tornando as aplicações ineficazes e antieconômicas, especialmente para insetos que vivem no solo. Estratégias alternativas e preventivas são mais apropriadas para lidar com essas pragas.
14. Métodos Biológicos: Incentivar o controle biológico natural na produção de batata-doce é crucial. Dada a limitação do controle químico, promover inimigos naturais nativos através de vegetação rica em flores e fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, ajuda a equilibrar as populações de pragas de forma mais sustentável.
15. Resistência da Planta: A resistência de plantas a artrópodes é crucial para um programa eficiente de Manejo Integrado de Pragas (MIP) na batata-doce. A seleção de genótipos com propriedades de antixenose, antibiose e/ou tolerância atua sinergicamente com outros métodos de controle, otimizando o manejo. A resistência ocorre principalmente por meio da produção de substâncias como fitoalexinas, látex e terpenóides, afetando a biologia das pragas. A tolerância é observada pela capacidade de compensação e regeneração da batata-doce, incluindo a cicatrização de feridas e rápida reposição de áreas atacadas. Nas últimas décadas, diversos estudos foram realizados sobre a resistência da batata-doce a pragas.
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Atmosfera de Armazenamento
Em condições adequadas de armazenamento a batata-doce produz pouco etileno, hormônio vegetal que regula o processo de crescimento, desenvolvimento e resposta a estresses causados por organismos vivos ou não-vivos do ambiente. O etileno é conhecido por seu efeito no amadurecimento de frutos, porém, fatores como danos mecânicos, ferimentos, frio e deterioração podem aumentar a produção do hormônio, o que pode afetar negativamente a cor e o sabor das raízes. Portanto, o recomendado é que as batatas-doces não sejam armazenadas e transportadas com frutas e hortaliças que produzem muito etileno.
Encontrado na página: Armazenamento
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Doenças de Armazenamento
Destacam-se as seguintes doenças nas raízes de batatas-doces que podem ocorrer durante o armazenamento:
1) Podridão mole, causada por Rhizopus stolonifer,
2) Sarna (Monilochaetes infuscans),
3) Podridão de fusarium (Fusarium spp.),
4) Podridão negra (Ceratocystis fimbriata),
5) Podridão mole bacteriana, causada por Dickeya didantii (Pectobacterium (Erwinia) chrysanthemi),
6) Sarna comum (Streptomyces ipomoeae).Encontrado na página: Armazenamento
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Formas de Comercialização
A batata-doce é mais comercializada em sua forma in natura, porém a raiz pode ser encontrada em outras formas como, minimamente processada, chips ou palha, farinha e, recentemente, como fécula e goma para tapioca. O processamento agrega valor ao produtor e à indústria, pois o consumidor está cada vez mais atento ao mercado e o que ele pode oferecer.
A publicação Brazil Food Trends 2020, aponta que o consumidor brasileiro está em busca de praticidade, saúde e conveniência. O consumo de alimentos fora de casa aumentou a demanda por pequenas porções que podem ser consumidas durante os deslocamentos diários. Dada a qualidade nutricional de batata-doce, há espaço para que o mercado brasileiro amplie sua oferta insustrial da raiz.
No mercado nacional existem pelo menos quatro indústrias de médio e grande porte processando batata-doce em forma de chips. Em 2018, o faturamento individual de uma delas foi de R$ 30 milhões. Da mesma forma, indústrias de suplementos alimantares e medicamentos passaram a incluir em seu portfólio produtos como batata-doce em pó e shakes.Encontrado na página: Mercado e comercialização
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Coeficientes Técnicos
Os valores encontrados servem como referência para os produtores, não devendo ser considerada como fonte exclusiva de informação, apenas como base para elaboração de orçamentos. É importante lembrar que cada unidade produtiva tem suas características próprias, nas condições de clima e solo e na adoção de tecnologias. A tabela abaixo representa os custos de uma unidade produtora do Distrito Federal, no ano de 2021.
Já o custo de produção da batata-doce orgânica chega quase ao triplo do valor da tradicional.
Encontrado na página: Coeficientes técnicos
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Nematoides
Muitos gêneros de nematoides são associados ao cultivo da batata-doce, porém o nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp.) e o nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis), são os mais importantes em termos de perda de produção. Outros dois gêneros, Pratylenchus (nematoide-das-lesões-radiculares) e Ditylenchus (nematoide-do-amarelão-do-alho), são encontrados em algumas ocasiões e podem reduzir a qualidade ou produção das plantas.
Encontrado na página: Doenças causadas por nematoides
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Nematoides 2
A amostragem de solo e raízes infectadas é essencial para se estabelecer medidas de manejo necessárias e aplicáveis durante o cultivo da batata-doce. Essas medidas são planejadas visando reduzir a população inicial dos nematóides ou evitar que novas áreas sejam contaminadas. As práticas de manejo de maior sucesso para a produção de batata-doce em campos infestados incluem a combinação dos seguintes métodos:
Atenção: Nenhuma medida de manejo para o controle de nematóides utilizada de forma isolada traz resultados satisfatórios, o recomendado é que seja feita uma integração entre todas elas.
Encontrado na página: Doenças causadas por nematoides