Influência dos sistemas de ordenha sobre a qualidade do leite


A qualidade do leite está diretamente relacionada ao sistema de ordenha empregado, seja ele manual ou mecânico. A ordenha manual, comumente utilizada em pequenas propriedades, exige atenção redobrada à higiene do ordenhador e dos utensílios, como baldes, latões e canecas. A desinfecção dos tetos pré e pós-ordenha, o descarte dos primeiros jatos e a coagem adequada são etapas importantes para garantir um leite com baixa contagem bacteriana total (CBT).
Ordenha mecânica no sistema balde ao pé.

A refrigeração imediata do leite, preferencialmente em tanques individuais, também é essencial para preservar sua qualidade, inibindo a multiplicação de bactérias. A ordenha mecânica, por sua vez, oferece vantagens em termos de higiene e eficiência, especialmente nos sistemas de circuito fechado (canalizados). Nesses sistemas, o leite é conduzido diretamente do úbere para o tanque de refrigeração através de tubulações, minimizando o contato com o ambiente e, consequentemente, a contaminação. A refrigeração imediata também contribui para a obtenção de um leite com baixa CBT. No entanto, a manutenção preventiva do equipamento, incluindo a troca regular das teteiras e a higienização completa após cada ordenha, é fundamental para garantir a eficácia do sistema e a qualidade do leite.

Independentemente do sistema de ordenha escolhido, a atenção aos detalhes, o treinamento adequado do ordenhador e a implementação de boas práticas de higiene são essenciais para garantir a obtenção de um leite de alta qualidade. A escolha do sistema ideal deve levar em consideração fatores como o tamanho do rebanho, a produtividade das vacas, o investimento disponível e a mão de obra qualificada. A busca constante pela melhoria da qualidade do leite beneficia toda a cadeia produtiva, desde o produtor até o consumidor final.

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