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Cultivares e Mudas

Existem várias cultivares de banana e tipos de mudas de bananeira, entre elas Prata Maçã, Caipira, Thap-maeo, FHIA 18, FHIA 21, Mysore, Nanica ou Baé. As cultivares Prata-Anã e Pacovan são as mais utilizadas pelos agricultores brasileiros e foram recomendadas pela Embrapa a partir da seleção de genótipos em sua coleção de germoplasma. As dificuldades da hibridação na maioria das variedades têm levado ao desenvolvimento de novas técnicas de melhoramento de bananeira, as quais complementam e dão suporte às convencionais, principalmente, na criação de cultivares resistentes às doenças.  

BRS Tropical (AAAB)

BRS Tropical (AAAB)

BRS Tropical (AAAB)

A banana 'BRS Tropical' é uma variedade tipo 'Maçã' tolerante ao mal do Panamá. Apresenta a maioria de suas características, tanto de desenvolvimento quanto de rendimento, semelhantes às da cultivar Maçã.

Tipo de fruto: banana tipo ‘maçã’

Porte: 3,0 – 3,9 m

Peso médio do cacho: 18,66 kg (segundo ciclo)

Produtividade: 20 – 30 ton/ha

Número de dias até colheita: 430 - 530

Resistência à Sigatoka-negra: Suscetível

Resistência à Sigatoka-amarela: Resistente 

Resistência ao mal-do-Panamá: Resistente

Características específicas: Medianamente resistente à nematoides, moderadamente resistente ao frio e a geada. Tem aptidão para regimes orgânicos e agroecológicos de produção sustentável.

Genealogia: Yangambi no. 2 (AAB) x M53 (AA)

Região de adaptação: Bahia, MG, CE, ES e SC.

BRS Japira (AAAB)

BRS Japira (AAAB)

BRS Japira (AAAB)

A bananeira cultivar BRS Japira é um híbrido tetraploide (AAAB), gerado pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, BA. É uma banana “grupo prata”, resultante do cruzamento da variedade Pacovan (AAB) com o diploide M53 (AA), que inicialmente foi identificada como PV 42-142.

Tipo de fruto: banana tipo ‘pacovan’

Porte: 3,5 – 4,0 m

Peso médio do cacho: 20- 23 kg (segundo ciclo)

Produtividade: 20 – 30 ton/ha. Potencial para chegar a 40ton/ha.

Número de dias até colheita: 330

Resistência à Sigatoka-negra: Resistente

Resistência à Sigatoka-amarela: Resistente 

Resistência ao mal-do-Panamá: Resistente

Características específicas: Moderadamente resistente à nematoides e à broca do rizoma. Alta resistência ao despencamento.

Genealogia: Pacovan (AAB) x M53 (AA)

Região de adaptação: BA, PE, ES e AM.

BRS Caprichosa (AAAB)

BRS Caprichosa (AAAB)

BRS Caprichosa (AAAB)

A cv. BRS Prata Caprichosa resultante do cruzamento do diplóide (AA) M-53 com plantas da cultivar Prata Comum (AAB) foi avaliada durante dois ciclos produtivos consecutivos em relação à sigatoka-negra e durante três ciclos de seleção clonal com relação ao mal-do-panamá. 

Tipo de fruto: banana tipo ‘prata’

Porte: 3,0 – 4,5 m

Peso médio do cacho: 23 - 28 kg (primeiro ciclo)

Produtividade: 25 – 35 ton/ha. Potencial para chegar a mais de 50ton/ha.

Número de dias até colheita: 300 - 335

Resistência à Sigatoka-negra: Resistente

Resistência à Sigatoka-amarela: Resistente 

Resistência ao mal-do-Panamá: Resistente

Características específicas: Moderadamente resistente à nematoides e à broca do rizoma. Elevada qualidade dos frutos, rusticidade semelhante à cv. 

Genealogia: Prata comum (AAB) x M53 (AA)

Região de adaptação: AM.

BRS Garantida (AAAB)

BRS Garantida (AAAB)

BRS Garantida (AAAB)

A BRS - Prata Garantida (ST 4208) é um híbrido Atetraplóide do grupo genômico AAAB, obtido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, resultante do cruzamento da cultivar Prata São Tomé (AAB) com o híbrido diplóide M-53 (AA), e avaliado com relação à resistência à sigatoka-negra na Embrapa Amazônia Ocidental.

Tipo de fruto: banana tipo ‘prata’

Porte: 3,5 – 4,0 m

Peso médio do cacho: 16- 23 kg (primeiro ciclo)

Produtividade: 21 – 29 ton/ha. Potencial para chegar a mais de 30ton/ha.

Número de dias até colheita: 290 - 330

Resistência à Sigatoka-negra: Resistente

Resistência à Sigatoka-amarela: Resistente 

Resistência ao mal-do-Panamá: Resistente

Características específicas: Moderadamente resistente à nematoides e à broca do rizoma. Alta resistência ao despencamento. Frutos mais adocicados que a Prata São Tomé

Genealogia: Prata São Tomé (AAB) x M53 (AA)

Região de adaptação: AM.

BRS Princesa (AAAB)

BRS Princesa (AAAB)

BRS Princesa (AAAB)

A BRS Princesa (AAAB) é uma variedade de banana híbrida tetraplóide, resultante do cruzamento entre a cultivar Yanganbi n° 2 (AAB) e o diplóide M53 (AA). Foi gerada na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, Bahia. 

Tipo de fruto: banana tipo ‘maçã’

Porte: alto (3,9 – 4,5m)

Peso médio do cacho: média de 15 - 25kg após o primeiro ciclo

Produtividade: 25 – 35 ton/ha

Número de dias até colheita do primeiro cacho: 370

Resistência à Sigatoka-negra: elevada resistência

Resistência à Sigatoka-amarela: elevada resistência

Resistência ao mal-do-Panamá: resistente

Tolerância ao frio: alta

Tolerância ao déficit hídrico: alta

Características específicas: tolera o chilling

Genealogia: Diplóide M53 (AA) x Yangambi n° 2 (AAB)

Regiões de adaptação: NE e SE do Brasil.

BRS Platina (AAAB)

BRS Platina (AAAB)

BRS Platina (AAAB)

A variedade BRS Platina é um híbrido tetraploide (AAAB), gerado na Embrapa Mandioca e Fruticultura, resultante do cruzamento da cultivar Prata-Anã (AAB) com o diploide M53 (AA). Este cruzamento foi realizado em 1993, na área experimental da Embrapa, em Cruz das Almas (BA) e identificado pelo código PA42-44.

Tipo de fruto: banana tipo ‘prata’

Porte: médio (3,0 – 4,0 m)

Peso médio do cacho: média de 25 - 35kg após o primeiro ciclo

Produtividade: média de 35 ton/ha. Tem potencial para 40 ton/ha 

Número de dias até colheita: 315 dias em latitudes baixas como CE e Petrolina – PE. 340 dias para Bahia

Resistência à Sigatoka-negra: moderada resistência

Resistência à Sigatoka-amarela: resistente

Resistência ao mal-do-Panamá: resistente

Características específicas: cacho cilíndrico, com  90% a 95% dos frutos classificados como de primeira qualidade, tolerância ao ataque de broca do rizoma. 

 

BRS Pacoua (AAAB)

BRS Pacoua (AAAB)

BRS Pacoua (AAAB)

A BRS Pacuoa é uma variedade de bananeira tipo Pacovan, gerada pelo Programa de Melhoramento Genético de Bananas e Plátanos da Embrapa Mandioca e Fruticultura. 

Tipo de fruto: banana tipo ‘pacovan’

Porte: alto (3,0 – 3,5 m)

Peso médio do cacho: média de 25 - 42kg após o primeiro ciclo

Produtividade: média de 30 ton/ha. 

Número de dias até colheita: 335 - 365

Resistência à Sigatoka-negra: medianamente resistente

Resistência à Sigatoka-amarela: resistente

Resistência ao mal-do-Panamá: resistente

Características específicas: Frutos de conformação reta, o que facilita a arrumação nas caixas. Não despenca e tem excelente aceitação comercial.

Genealogia: ‘Pacovan’ (AAB) x Calcutá (AA)

Região de adaptação: Norte do Brasil.

 

BRS SCS Belluna (AAA)

BRS SCS Belluna (AAA)

BRS SCS Belluna (AAA)

A BRS SCS Belluna é uma cultivar de banana com qualidades nutricionais diferenciadas. Os frutos são ricos em fibras e apresentam menores conteúdos de carboidratos e de valores calóricos quando comparados aos frutos dos subgrupos mais comercializados no país, Prata e Cavendish. 

Tipo de fruto: banana tipo baby

Porte: alto (3,0 – 3,2 m)

Peso médio do cacho: 17 kg no segundo ciclo

Produtividade: 27 ton/ha

Número de dias até colheita: 565

Resistência à Sigatoka-negra: Moderadamente resistente

Resistência à Sigatoka-amarela: Resistente

Resistência ao mal-do-Panamá: Resistente

Características específicas: Rica em fibras e com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico que as cultivares comerciais. Possui quatro vezes mais amido resistente que a Grande Naine e duas vezes mais que a Prata-Anã.

Genealogia: Coleta de germoplasma. Origem Tailândia

Região de adaptação: Sul do Brasil. Estado de SC


Mudas

Mudas

A muda, também chamada de rizoma, é a forma mais fácil de iniciar a plantação de banana, pois a fruta não tem sementes 

Existem três tipos de mudas de bananeira:

  • Chifrinho: com 20 a 30 cm de altura e folhas lanceoladas
  • Chifre: com 50 a 60 cm de altura e folhas lanceoladas
  • Chifrão: com 60 a 150 cm de altura, folhas lanceoladas e típicas de planta adulta

Espaçamento

Espaçamento

Os espaçamentos utilizados para o cultivo da bananeira estão relacionados com o clima, o porte da cultivar, as condições de luminosidade, a fertilidade do solo, a topografia do terreno e o nível tecnológico dos cultivos. Para as bananeiras de porte alto, recomendam-se 3 m x 3 m (Prata, Terra e Pacovan) e 3 m x 2 m (Maçã). Para as de porte médio (Nanicão) e baixo (Nanica), pode ser usado o espaçamento de 2 m x 2 m e, no máximo, 2 m x 2,5 m.

Nestes espaçamentos, ter-se-ão 1.111, 1.666, 2.500 e 2.000 covas/hectare, respectivamente. O espaçamento menor reduz a incidência de ervas daninhas, diminui os prejuízos causados pelos ventos, permite maiores rendimentos por área e proporciona melhores condições para a vida das plantas, garantindo maior uniformidade dos cachos.